quinta-feira, 14 de abril de 2011

Raiva em ser humano

Não é mito



O Vírus da raiva (VR) pertence à ordem Mono-negavirales, família Rhabdoviridae, gênero Lyssavirus[60]. Este gênero (do grego lyssa, que significa raiva)

A maioria das infecções pelo vírus rábico se dá por transmissão percutânea, através da morde durade animais infectados [59]. A transmissão por via aérea pode ocorrer raramente, mas não tem significância epidemiológica importante no ciclo da infecção. Ocontato com ferimentos abertos e membranas muco-sas pode ocasionalmente levar à transmissão de raiva,assim como procedimentos médicos, como transplantes de córneas e outros órgãos. Recentemente foram relatados na Europa e EUA casos de raiva humana onde a infecção ocorreu através de transplantes de órgãos sólidos (rins, pulmões, figado e pâncreas) pro-venientes de doadores com encefalite de origem desconhecida [58,71,82,148]. Este fato salienta a necessidadeda inclusão de testes específicos para o diagnóstico de raiva, particularmente em potenciais doadores comsinais de comprometimento neurológico.

Uma vez inoculado no novo hospedeiro, o vírus pode replicar-se nas células musculares, próxi-mas ao local da inoculação, antes de invadir o sistemanervoso central (SNC). Esta replicação representa um passo de multiplicação necessário à invasão do sistema nervoso . Contudo, ocasionalmente, pode ocorrer a entrada direta do vírus no SNC, sem replica-ção prévia no músculo . A seguir, o vírus é conduzido via terminações nervosas motoras, aos nervos periféricos, provavelmente pela combinação de fluxo axoplásmico retrógrado (provavelmente utilizando osistema motor celular envolvendo a dineína), transmissão célula-célula via junções sinápticas e passagem direta do vírus através de conexões intercelularese atinge o SNC .Após a infecção do SNC, o vírus se disseminavia nervos periféricos de forma centrífuga para ostecidos não neuronais, distribuindo-se por todo o organismo. Antígenos virais já foram detectados em cé-lulas da epiderme, folículos pilosos, retina, córnea, glândulas lacrimais, glândulas salivares, pulmões, músculo cardíaco, mucosa gástrica e intestinal, pâncreas, parênquima renal, glândulas adrenais, tecidosneuro-epiteliais dos ureteres, bexiga e uretra . Ovírus replica-se nas glândulas salivares; sua excreçãoatravés da saliva é o principal mecanismo de disse-minação e perpetuação do mesmo na natureza. Os sinais clínicos aparecem somente após oenvolvimento do SNC. A morte é conseqüente ao comprometimento de centros nervosos vitais.É sabido já há bastante tempo que amostras do VR apresentam diferentes potenciais de neuroinva-sividade.

A apresentação clínica da raiva é muito va-riada na grande maioria das espécies atingidas. Asapresentações clássicas da doença são as formas paralí-tica e furiosa, as quais são conseqüentes à localizaçãodas lesões no SNC. O início do quadro, ou fase prodrômica, pode anteceder as manifestações mais típicas erevelar sinais pouco sugestivos, tais como alteraçõesde comportamento, inapetência, apatia, depressão,inquietude e incoordenação motora. Após a fase pro-drômica pode manifestar-se a fase furiosa, freqüentemente observada em caninos, onde o sinal maismarcante é a agressividade, embora possam ser tam-bém observados sinais de depressão, excitabilidade,mudanças de comportamento, insônia e, ocasionalmente, febre [9,59,95]. O animal não consegue deglutir; a salivação, em função dessa dificuldade, torna-se evidente. Pode ainda ser observado um aumento dolimiar de sensibilidade a tranqüilizantes ou sedativose, se anestesiados, os cães podem apresentar aluci-nações e convulsões no período pós-anestésico. Uma paralisia ascendente manifesta-se a partir dos membros inferiores.Na forma paralítica da doença, pode não haver sinais prévios de agressividade. O maxilar inferior éo local onde a paralisia é mais notável. A boca permanece entreaberta e ocorre salivação. Igualmente, sobrevém a paralisia dos membros posteriores. O desfecho do quadro é fatal. Ocasionalmente, pode ocorrer morte súbita do animal, sem a manifestação dequalquer sinal clínico . A morte se dá por paralisiados músculos respiratórios. A forma paralítica é mais comum em bovinos,conseqüente a lesões na medula, tronco encefálico e cerebelo . A paralisia aguda, progressiva, flácida,manifestando-se inicialmente pelos membros posteriores, é o sinal mais marcante. Podem ocorrer ainda sinais indicativos de comprometimento dos nervos lombares e sacrais, provocando constipação, tenesmo,parafimose em machos e gotejamento de urina

PS: Nem li, só colei.

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